segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Doida demais

Hoje fui ao cinema assistir ao filme dos "Normais". Pelo trailer achei que não fosse gostar muito, mas como sempre fui fã do seriado e amo o primeiro filme - do qual tive a mesma impressão antes de ver e me escangalhando de rir toda vez que assisto - preferi apostar nele! E graças a Deus, não fui mal sucedida. Cheguei no cinema com o filme já começado provavelmente há uns dez minutos e a primeira palavra que ouço é um XOXOTA muito bem articulado. Pronto! Bastou isso para eu achar o filme maravilhoso. Na cena, o Rui, personagem do Luis Fernando Guimarães, argumenta com um garçom que é impossível não enjoar de comer sempre a mesma mulher há mais de vinte anos, uma vez que por mais que o homem seja apaixonado por sua companheira, seja ela quem for, ele sempre vai desejar uma novidade.

Uma das coisas que eu mais curtia no seriado Os Normais era esse tom escrachado do casal Rui e Vani. Essa coisa deles falarem sobre seus desejos mais íntimos sem nenhum constrangimento, de xingarem milhões de palavrões sem nenhum pudor, de se meterem em um monte de roubadas simplesmente por estarem a fim de novas experiências sexuais ou apenas sociais...Enfim, esse jeito de ser que não tem vergonha de sentir e nem tão pouco de demonstrar o que todo ser humano normal sente, mas que a grande maioria não demonstra.

Eu sinceramente acho que todo tipo de comportamento tem sua hora e seu lugar, e apesar de me identificar demais com a Vani (vivida pela Fernanda Torres), não me vejo agindo e nem falado como ela na frente de certas pessoas ou em determinadas ocasiões. Mas devo confessar-lhes que A-DO-RO incorporar essa personagem de vez em quando. Para uns, eu não devo nunca ter incorporado, para outros eu devo ser a maior devassa e desbocada do universo, para alguns outros eu devo estar no meio termo...Isso também depende muito do nível de caretice de cada pessoa.

Mas sei lá porque estou falando isso aqui. Deve ser porque, na verdade, gostaria de ser Vani o tempo todo, mas como vivo numa sociedade hipócrita, acabo me adaptando à sua hipocrisia. Apesar disso, tenho a leve impressão de que se eu fosse fazer uma enquete sobre minha imagem, a maioria dos entrevistados votaria que eu não valho nada mesmo...hehehe!

Enfim, se é pra votar em alguma coisa eu voto que todos devem assistir "Os Normais 2: A noite mais louca de todas!"

Bjomeliga!

sábado, 29 de agosto de 2009

Na Boutique ou Vida de Gado

11:00 hr: Já cheguei, já estou sozinha. Sentei pra ler sobre filosofia, mas não tive concentração. Pessoas passaram, observaram a vitrine. Algumas poucas entraram e perguntaram os preços. Demasiado caro!

12:00, 12:30, 13:00 hr: Paro para os filósofos novamente. Pascal, Spinoza, Leibniz...Estou gostando, mas a cada parágrafo lido, me pego a divagar. Sobre o que? Sobre aquele virginiano maldito que ontem ressurgiu com suas propostas indecentes. O que ele quer? Ora, sexo! E eu? Ah, quero, mas também quero amor, carinho, conchinha...Mas não precisa ser dele...Quero de alguém não-virginiano!

13:00 hr: Almoço!!!!Nem tava tão bom, mas comi, !
Dei uma volta no shopping. Pessoas desprovidas de capital, como eu, deviam ser proibidas de andar em shoppings! Deprime.

14:00 hr: Lendo e divagando...

14:40 hr: Cochilo inevitável!

15:00 hr: Termino os racionalistas.

15:15 hr: O tempo não passaaaaaaaaaaaaaa!
Experimento roupas. Nenhuma me cai bem. Que bom!Sim, que bom! São demasiadamente caras, lembra?
Não há nada pra fazer, então fico escrevendo essas besteiras aqui. usando a última folha do texto do Foucault, que é pra não gastar as folhas do caderno alheio. Sim, eu trouxe o Foucault pra ler aqui, mas muito sem paciência pra ele! Não coube tudo no texto dele e acabei arrancando uma folha do caderno...Na verdade foram duas.
Fico me policiando pra não olhar as horas...Devem ter passado uns 5min desde a última vez.
E hoje o dia tá tão lindo!!!!É até pecado trabalhar num dia assim...Mas pessoas desprovidas de capital se veem obrigadas a venderem seu sábado por 50 reais a mais na conta bancária - nem sabem se vale a pena, mas recusar também não dá - e por isso acabam perdendo pontos no céu.
Olho no relógio????
Vou olhar!

15:33 hr: Que merrrrrrrrrrrrrrrrdaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!
Às 19:00 sairei daqui! Mas ainda falta taaaaaaaaaannnto. É nessa hora que me lembro do Zé Ramalho.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A cruel vontade dos astros

Hoje encontrei o segundo virginiano da minha vida!Ah! Por que ele tinha de ser virginiano??? Eu não precisava de mais um pra me fazer sofrer!Mas também se não fosse, aquele momento não seria tão maravilhoso!Já estava quase me esquecendo como era bom...E o mais incrível é que a comparação com o primeiro já tinha sido feita antes de eu descobrir seu signo maldito! Quando descobri, tudo fez sentido, tudo!Nunca botei muita fé nessa coisa de astros, mas os fatos historicos da minha história já haviam me contado que virginianos rejeitam taurinos e que taurinos, ainda que rejeitados, humilhados, esquecidos e sacaneados, não são capazes de esquece-los. Assim foi com o primeiro, assim está sendo com o segundo.
Entretanto, o segundo possui mais virtudes que o primeiro. O segundo é de uma sinceridade sem tamanho. Uma sinceridade que me dói, confesso. Mas pior que a dor da verdade é a dor da ilusão. Me iludi com o primeiro não porque fosse esta a sua intenção, mas porque faltou nele a sinceridade nua e crua do segundo. Não nos enganemos!Nós mulheres do século XXI nos achamos muito modernas e desprendidas e tentamos não demonstrar envolvimento, mas a verdade é que sempre fantasiamos amores sinceros em nossos momentos de diversão.Pelo menos comigo é assim. Foi assim com o primeiro, e com todos os outros...Com o segundo só não foi porque sua sinceridade não permitiu, mas se não fosse ela...
O fato é que hoje, finalmente, reencontrei o segundo. Estava com tanta saudade dele!E nosso encontro foi tão belo!Ele foi tão carinhoso, tão efusivo...Lamento ter sido tão breve!Foi tão breve que não consegui contar-lhe coisas que esperava para este momento e por isso foi como se não tivesse matado as saudades. Pelo contrário, elas cresceram ainda mais dentro de mim!

No caminho de volta pra casa, fiquei me lembrando quão sublime tinham sido aqueles poucos minutos, ao mesmo tempo que lamentava a vontade dos astros. Seria lindo, mas eles não permitirão. Já estou conformada...e satisfeita de saber que - diferente do primeiro caso - ao menos sua amizade eu possuo!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

em milhares de cacos

Dores, sinto muitas
Da cebeça aos pés passando pelo coração
Na memória, a pior delas

Palavras duras que eu guardava a tanto
Foram postas pra fora com um alvo certo
Seu coração que nem sei se ainda há

Provavelmente nele não surtiram efeito
Mas remoem meus pensamentos a todo minuto
Machucam minha alma

Como foi capaz de tamanha ousadia?
Não o reconheço porque nunca o conheci
O que tem de bom está guardado em baús muito velhos
Em porões inacessíveis
Não consigo resgatar


Só me lembro das dores
Pois é o que eu sinto agora
E do rancor, e do ódio, e da mágoa
E do seu sinismo que me dá nojo
E da vergonha que sinto de ter em mim o que é seu.

sábado, 22 de agosto de 2009

Eu e o fenômeno comportamental da noite da Lapa

Ontem fui ao show do Songoro Cosongo no Democráticos. Sou suspeita pra falar, pois adoro o som da banda e na minha humilde opinião, eles foram maravilhosos como sempre. Dancei e me esbaldei de um jeito um tanto autista, como costuma ser quando saio com minhas amadas peruas princesas. Isso acontece porque uma já tá quase beirando os 30 anos e, apesar de linda e sensual, não tem mais aquele pique de nigth, por isso acaba ficando de saco cheio, sentando sozinha e quase pegando no sono no meio do salão. A outra é uma gostosona de quase 1,80m de altura, ou seja, chama atenção em demasia dos machos e sempre tem alguém tirando ela pra dançar, o que normalmente termina em pegação. Na outra ponta do triângulo estou eu, que tenho apenas pouco mais de um metro e meio e quase nenhum apelo sexual. Raramente alguém me tira pra dançar, mas quando me tiram ou é alguém mais desinteressante do que eu, ou alguém relativamente interessante que eu espanto com o meu terrível dançar!Rsrsrsr. Por isso prefiro dançar sozinha mesmo, autistando, pagando de sequelada e me divertindo bastante no final.

Mas tudo isso aqui não é pra me lamentar. Pelo menos não pra me lementar do meu momento sozinhaencalhadananight e sim das pessoas que lá estavam. De uns tempos pra cá um fenômeno tem tomado conta dos lugares que frequento. Na verdade não sei dizer se isso sempre existiu e o meu olhar que mudou, ou se é realmente um fenômeno atual. O fato é que vem me irritando demais a quantidade de pessoas que fazem tipo de alternativoscultbacaninha nesses estabelecimentos em que vou me divertir. Tudo bem que eu meio que apelo, a final que tipo de gente eu esperava encontrar num show do Songoro Cosongo, ainda mais no Democráticos? Mas cara, vocês hão de convir que ver uma pessoa de cabelos negros encaracolados no estilo blackpower, chegar num lugar vestido de terno e gravata, e se sentindo o ser humano mais descolado do pedaço é demais pro meu coração! Como se não bastasse a figura colocou um nariz de palhaço, pintou a cara com uma tinta vermelha, tirou o paletó do terno ficando apenas de colete e dançou como se fosse a única pessoa dali que conhecesse salsa, merengue e ritmos similares. Mas não foi só ele, vários outros tipinhos me irritaram. Foi o caso do punkmodelet - cara gato pra caralho, mas que tava fantasiado com uma jaqueta de couro e uma bermuda jeans pseudorasgadinha -, da hipponguinha forrozeira (po, já passou da época em que esse tipinho era maneiro), dos milhares de barbudinhos tipo los hermanos, das cabrochinhas da lapa...Enfim, tudo soando muito artificial.

Mas acabou que no final eu me diverti, mesmo sem ter colocado uma gota de alcool na boca ou fumaça de óregano na mente. Me liberei tanto no meu autismo bailante que de repente me vi dançando com um sujeito que se chamava Anauê (Será que o pai dele era integralista?). Sozinha eu realmente danço muito bem. Provavelmente ele pensou que por isso eu soubesse dançar junto também...Que fiasco!Sem graça com a situação, ele disse que a música era muito difícil e eu, na minha humildade, assumi que não sabia dançar junto!Mas isso não importa, ele era tão bonzinho que não desisitiu de mim. Me ensinou uns passinhos e ficamos dançando até o final da apresentação. Perguntou meu nome, se apresentou, trocamos uma palavras e eu fugi. Não porque ele fosse feio ou chato, mas porque com certeza ele era gay. Presumo que ontem ele tava no seu momento "queroprovarpromundoquepegomulé", ou realmente só queria dançar e fazer uma nova miguxa, mas eu não estava com paciência alguma pra isso. Peguei minhas coisas no guarda-volume e esperei minha amiga terminar seu assunto sentada numa cadeira, observando com indgnação as figuras fakes que ali estavam. Fomos embora.

No caminho pro ponto de ônibus passamos por um lugar que tocava um funk nas alturas. Fiquei imaginando como seria legal se estivesse tocando um tecno-brega bem alto na mala de um carro qualquer. Como eu me empolgaria e como seria a reação das outras pessoas. Umas se despindo de preconceitos e se entregando ao ritmo como eu, e outras com cara de c* se perguntando com ar de superioridade que merda seria aquela... Até que uma van passou, entramos nela e voltei para a realidade lapense carioca.

domingo, 16 de agosto de 2009

A sensação do meu momento!

Desde que voltei da minha última viagem estou obcecada pelo Tecno Brega, estilo musical sensação do estado do Pará! Grande parte do tempo que passo na internet agora são dedicados à procura de Hits que embalaram esses 6 dias. A questão é que não sei se isso se dá por conta da saudade dos momentos tão maravilhosos que passei na Cidade das Mangueiras e na Ilha dos Búfalos, ou se porque as aulas da Adriana Facina influenciaram meu gosto musical por completo.


Cheguei no Pará ciente de que escutaria muito esse tipo de música e apesar de não simpatizar muito com a Banda Calypso, eu estava disposta a entrar no clima do lugar e não reclamar do que estaria por vir! Por incrível que pareça, não lembro de ter ouvido uma canção de Joelma e Chimbinha sequer.Em compensação, um mundo de versões de famosas músicas em inglês e outras tantas melodias originais me foram apresentadas em forma do que os paraenses chamam de "musica de aparelhagem". Assim, não só eu, mas a maioria dos que estavam comigo, se deixaram conquistar por esse ritmo. Prestávamos atenção nas letras e ríamos a cada frase inusitada que era cantada. Tentávamos descobrir de que música original era aquela versão e nos surpreendíamos a cada constatação. Até versão de Guns n´Roses nós ouvimos! O brega era a nossa trilha sonora principal e era incrível como se harmonizava com o nosso momento! Um bando de jovens universitários e duros, viajando às custas da Universidade e com uma vontade enorme de extrair daquele estado o que ele podia nos oferecer de mais particular. Não curtir aquele som seria como não curtir aquele lugar por completo.


Agora me pergunto novamente: Estou obcecada pelo brega porque fui feliz demais no Pará, ou porque realmente gostei do que descobri? Creio que seja um pouco dos dois. Ao pesquisar músicas para download dou preferência àquelas que tenho certeza que já ouvi antes porque são elas que me acalmam a saudade, mas como volta e meia um título desconhecido me chama atenção, acabo baixando pra ver qual é. Algumas eu gosto, outras não, o que também acontece com o rock, com o samba, com o funk e com o pop...Por via das dúvidas, continuarei ouvindo as mixagens, os melodys e as swingueiras até não aguentar mais, porque nesse momento o Tecno Brega é meu estilo musical preferido de todos os tempos!



Pra terminar, vai aí Top 5 dos meus bregas preferidos:



1- Meu novo namorado - Banda Puro Desejo (essa música é sobre mulheres que tomaram um pé na bunda, mas deram a volta por cima)

2 - Eu me apaixonei - Banda Puro Desejo (versão de November Rain do Guns N´Roses)

3 - Perder o ar - Banda Fruto sensual (versão de uma música bem conhecida que não sei o nome, da Regina Spektor)

4- Agora estou chorando sem teu amor - DJ Betinho e Brenda Angel

5 - Não tente me impedir - Banda Açaí Pimenta



p.s.: Todas as músicas podem ser encontradas no You Tube.

sábado, 15 de agosto de 2009

Vontade de aparecer!

Acho que essa é a terceira vez que tento fazer um Blog!Nem preciso dizer que das outras vezes um post foi muito. Pois é...Cá estou outra vez, sei lá porque agora acreditando que isso vai dar certo! Mas devo confessar-lhes que o título deste post tem tudo a ver com o meu momento! Em tempos de twitter, escrever tudo que me chama atenção em apenas 140 caracteres não tem sido suficiente, bem como há mais ou menos 3 anos atrás - quando criei e abandonei meu último blog - o orkut não estava sendo suficiente pra suprir minha vontade de ser popular na faculdade. Hehehe!Agora são muitas as coisas das quais sinto necessidade de falar e apesar de a preguiça reinar em minha vida desde que me entendo por gente, prometo que me comprometerei em dar continuidade a isso aqui, mesmo que ninguém leia, o que eu acho bastante provável.

Enfim, a minha ida à praia hoje foi uma das coisas que me motivou a criar isso aqui! Nossa, há tanto tempo não sentia esse casaço maravilhoso que dá quando chegamos da praia...Aquela vontade absurda de se jogar na cama, fechar os olhos e somente ouvir na mente o barulho das ondas, aquela sensação que dá de que o seu corpo está balançando com a maré, quando na verdade ele está ali bem paradinho em cima do colchão... A ardência gostosa no rosto que te faz pensar que deveria ter passado protetor solar ao menos uma vez, o corpo ainda quente de tanta exposição ao sol...Gosto tanto de praia!!!!Lamento tanto de não poder frequenta-la quase todo final de semana como fazia durante minha adolescência...Mas em compensação agora quando consigo ir, o aproveitamento é muito mais intenso!Vivo aquele momento como se fosse o último, pois realmente não sei quando poderei voltar.Ahhh! E hoje ela estava tão explendorosa aqui na zona oeste!!!!! Seu mar cor de esmeralda, seu céu azul tão intenso, suas montanhas tão verdinhas e seu sol de um quentinho tão aconchegante... Seu Matte Leão, seu Biscoito Globo e o revigorante tchibum lavador de almas sofredoras na sua água de um geladinho na medida certa.

Agora estou em casa em pleno sábado dia dos solteiros! Era pra eu estar na Lapa, comemorando ou chorando, bebendo, dançando, pirando o cabeção...Mas a praiana de hoje não permitiu. Ela me deixou cansada e ao mesmo tempo satisfeita, ao ponto de me fazer perceber que só ela me bastava para um fim de semana feliz.