domingo, 13 de dezembro de 2009

Meu maior prazer (Parte 3)

Por conta de complicações no transito, acabei chegando na estação do maracanã já um tanto atrasada, quase meia hora depois.Os vagões já estavam supervazios, como se não fosse nem dia de jogo. É claro. A torcida do fuderosão que assistiria o jogo no maior estádio do Brasil já se concentrava toda lá dentro. Eu era uma atrasada, que nem ao maraca iria, mas que estava gostando de perder o iniciozinho da partida, porque pra mim este é o momento mais neurótico de se enfrentar.
Giovanna estava exatamente no local em que marcamos, já preocupada com a minha demora. Tratamos de descer a rampa rapidamente, mas fomos abordadas por um policial que quis ver o que tinha dentro da minha mochila. "E olha que nem vamos entrar no Maracanã!", eu falei pra Gi!
Os arredores do estádio já estavam vazios, mas ainda havia alguns retardatários correndo para ver o início da partida lá dentro. Eu e minha comparça, andavamos tranquilamente em direção à 28 de Setembro, mas com uma certa invejinha daquelas pessoas que corriam para entrar no estádio. Eis que quando íamos atravessar a rua, surgem duas figuras conhecidas nossas: Negão e Markito, dois rubro-negros com alma de malandro da nossa amada faculdade. Eles estavam nas proximidades desde cedo, em busca de ingressos, mas assim como nós duas, não tinham tido coragem de dar 200 contos na entrada.Falamos pra eles que estávamos ali só pra ficar perto do burburinho e que íamos procurar um bar pra assistir a peleja, tentando convence-los a irem conosco. Meio à contragosto eles concordaram, mas antes pediram para que fossemos com até o portão 15, onde um ingresso aguardava um amigo sortudo que estava com eles. Topamos.
No meio do caminho fomos abordados por alguns cambistas e tentamos negociar com eles. Na verdade meus amigos tentaram, porque eu só tinha 20 pilas no bolso.Os cambistas foram duros e não fariam por menos de 150 contos. Negão, como bom pé de cana que é, disse que amava muito o Flamengo mas que com aquele dinheiro beberia até a manhã do dia seguinte. Eu concordei. Foi quando um dos cambistas perguntou quanto estávamos dispostos a pagar e Giovanna falou sem nenhuma pena daquele único galo que tinha no seu bolso: 5O REAIS!O sujeito, que era tão flamenguista quanto a gente, àquela altura queria mesmo era se livrar daqueles ingressos pra poder entrar no maraca. Especulação daqui, blablablá dali, ele arrumou 4 cadeiras azuis pra gente por um total de 240 reais. Eu e Gi pagaríamos 1 galo cada e os rapazes 70 contos. O cambista estava nervoso e falou que era pra decidirmos logo porque ele queria entrar.Nesse momento o jogo começava e os fogos explodiam dentro do maracanã, atrapalhando a comunicação entre todos nós. Cedemos! Pendurei na conta do Negão 30 reais ainda desconfiada da validade daqueles ingressos. "Se forem falsos vou ficar muito puto", exclamou Negão, pensando a mesma coisa que eu.
Não dava mais tempo de pensar. O destino nos tinha colocado ali, frente a frente naquele momento, e nos dizia que era pra gente assistir aquele espetáculo. Enquanto corríamos em direção à entrada acontecia dentro de mim uma explosão de sentimentos.Uma mistura de emoção com incredulidade e medo. "Senhor, será que eu não vou dar azar? Será que é mesmo pra eu estar lá dentro?Eu havia dito que só iria ao maraca se um ingresso caísse no meu colo e ele caiu!Acho que devo aproveitar! Não, não vou amarelar, afinal 'o rubro-negro não tem medo de morrer'. E além do mais, estava tudo okey. Eu estava com a calcinha da sorte, o tênis bicampeão carioca e a fé em São Judas Tadeu. Haveria de dar tudo certo". Entramos.

Ao passar da roleta eu não podia acreditar no que me acontecia! Meu Deus, eu estava dentro do Maracanã no jogo mais importante da história do Flamengo nos últimos 17 anos. E também estava no jogo mais importante da minha história com o Flamengo. Eu e meus colegas começamos a gritar de felicidade como uns loucos, ainda sem muita noção do que estáva nos acontecendo. Começamos a correr em busca de um lugar e acabamos parando bem atrás do gol do Grêmio naquele tempo, que seria o nosso gol, no segundo. Por conta da minha estatura eu não conseguia enxergar quase nada do que acontecia em campo, mas a vista do Maracanã repleto de rubro-negros apaixonados fez com que uma lágrima corresse dos meus olhos. Num momento um pessimismo forte me bateu, mas logo eu pensei que se Deus tinha me colocado ali era porque algo de muito bom me esperava.

O jogo não estava bom pra gente e a torcida se revoltava. Logo me dei conta de que não tardaria para tomarmos um gol e foi o que aconteceu. Mais uma vez um pensamento derrotista me passou pela mente por alguns segundos. Mas, rapidamente me lembrei da máxima que diz que pra gente tudo tem que ser no perrengue. Aquele gol, era na verdade uma coisa ótima que nos tinha acontecido, pois só assim o time acordaria. Olhei pro céu e disse pra São Judas Tadeu: "Eu ainda tenho fé no senhor!" Eu sabia que ele estava me provando. O gol não demoraria a sair, pois o time agora estava correndo atrás. Pela primeira vez saquei minha camisa rubro-negra velha de guerra da mochila e vesti como se fosse uma farda, como costumo fazer quando o Fla está perdendo. Nessa hora o Markito falou: Agora vai! Não demorou muito pro gol sair. Todos juntos explodimos de alegria. A vitória viria certamente.

O mais "engraçado" era que os resultados dos outros jogos tiravam o título da gente naquele momento. No entanto eu só conseguia pensar que os colorados deviam estar muito felizes, já comemorando o título, mas que a alegria deles duraria muito pouco. O gol estava demorando a sair mas eu e todas as pessoas ao meu redor, apesar do medo, tínhamos a certeza absoluta de que mais cedo ou mais tarde ia acontecer.O Inter era campeão naquela hora, mas bastava o Fla fazer só um golzinho pra alegria deles ir por água à baixo. Diferentemente do esperado o Grêmio não entregou o jogo e o caminho das pedras se mostrava cada vez mais pedregoso.Mesmo assim, ninguém desacreditou.
Quando o telão da Suderj começou a informar o número de pagantes, me bateu um desespero, afinal isso só acontece quando o jogo está no final! "Senhor! Não é possível que esse jogo tenha passado tão rápido! Um gol, meu Deus, só um gol!", eu pensava. Nessa hora eu já conseguia enxergar tudo o que acontecia em campo, pois fui empurrada bem pra frente da mureta... Gooooool!Ele saiu bem na minha frente! Foi um extase! Eu não conseguia gritar! Pulava sem acreditar no que meus olho viam! Era ao mesmo tempo um alívio e uma sensação de que ainda não tínhamos ganhado nada!A torcida explodia num espetáculo estético de dar inveja ao artista mais talentoso. Aqueles últimos minutos até o fim do jogo, foram os mais longos da minha existência. Não podíamos tomar um gol de jeito nenhum, o ideal era marcarmos outro, o título estava nas nossas mãos. Meu coração quase saía pela boca. Eu estava muda, estática, minhas pernas e minhas mãos estavam dormentes e tremiam. Eu clamava pelo amor de deus pra tudo acabar logo. O Grêmio insistia em atacar. Eu chorava como um bebê...

O juiz apitou! Acabou! Foi a catarse. O momento mais intenso que já vivi. Pra sempre na minha memória, o dia mais feliz da minha vida.

Saindo do Maracanã, a sensação que eu tinha era que tudo não passava de um sonho, que eu acordaria no dia seguinte ouvindo que o Inter foi campeão. Mas não era! A ficha é que ainda não tinha caído e, pra ser sincera, está caindo até agora.

SRN.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Meu maior prazer (Parte 2)

Então o dia finalmente chegou! Se fosse um domingo qualquer eu acordaria por volta das 11 da manhã, mas naquele domingo às 8 eu já estava de pé! Até aqui na longinqua Vargem Grande os fogos já estouravam frenéticos, o que só me deixava mais tensa!Até então eu não havia decido nem aonde nem com quem assistiria o jogo, fato que se tornou mais um motivo de preocupação. Pra melhorar tudo, justamente na sexta-feira anterior eu tinha esquecido meu celular no trabalho, o que dificultava muito a minha comunicação com os amigos rubro-negros que eu sabia que não estariam no maraca, uma vez que o telefone da minha casa morreu!
Levantei já tremendo na base e gritando pro meu irmão, enquanto arrumava a cama: "Estou com medooo!Ai que tensão, Bê! Hoje eu vou morrer! Eu vou morrer!!!!!". Depois de um rápido café da manhã, tratei logo de ligar o computador pra ver se decidia aonde assistir o jogo, mas naquele o horário o MSN ainda estava deserto. Por mim eu iria à Arena HSBC, já que lá é perto da minha casa e ia rolar um telão bolado, mas provavelmente não ia rolar cia pra lá. Tinha também a opção de assistir nos arredores da Gávea, pois se o Fla vencesse eu já estaria perto da festa. Existia ainda a possibilidade de ir pras bandas da Tijuca e pegar a galera que saía do Maraca, mas essa opção era a menos provável porque seria muita mão de obra pra mim! A única coisa que eu não queria dessa vez era me isolar como fiz em todos os outros jogos do Brasileirão!Sofreria bem menos se não assistisse nada, mas eu não tenho todo esse sangue de barata e somente uma multidão, tão flamenguista quanto eu seria capaz de amenizar o meu nervoso.

Depois de muito pensar e ponderar, decidi que iria pros arredores do maraca com Giovanna, uma amiga da faculdade. Nós duas estávamos com o c* na mão (afinal era muito provável que lá praquelas bandas tudo estivesse um caos, ainda mais para duas moças indefezas) mas ambas estavam formigando de nervoso e vontade de ferver depois o jogo caso a vitória se concretizasse.Combinamos então, via msn, que nos encontraríamos nas roletas da estação do metrô do maracanã, às 16:30 e dali partiríamos pra 28 de Setembro em busca de um bar pra assistirmos o jogo.Alguns minutos depois tentei dissuadi-la da ideia para irmos pra Cobal do Leblon, mas ela "bateu o pé" e eu acatei. Foi Deus!

Decisão tomada, comecei meu ritual: Tomei banho, vesti minha calcinha preta de corações vermelhos, invicta no Maraca. Tirei do armário uma blusa preta de alcinha, porque assim costumo me vestir quando vou aos jogos do Mengão. Peguei minha camisa modelo 1992, que ganhei justamente nessa época e sem a qual nunca me vi no Maracanã, e coloquei-a na minha mochila Kipling vermelha que também dá muita sorte. Calcei meu AllStar vermelho de cadarços pretos, bicampeão carioca no Maraca em 2008, e tirei da carteira meu santinho de São Judas Tadeu (todo velhinho, desbotado e despedaçado de tanto que eu o amasso durante os jogos)e pus dentro da mochila. Coloquei no pescoço um escapulário de Santo Antônio, porque além de dar sorte e combinar com minha vestimenta rubro-negra, Santo Antônio é o santo de devoção do Velho Lobo Zagallo. Achei que seria digno. Tudo ok, parti pra parte principal: Me ajoelhei perante à minha imagem nova de São Judas Tadeu e comecei a rezar com muita fé! Além disso, fiz diversas promessas pro pobre do Santo e disse que diferentemente das vezes anteriores, dessa vez eu não iria decepcioná-lo.

Pronto! Agora estava tudo certo e eu podia sair de casa tranquila! Tensa eu ainda estava, porém confiante! Antes de sair almocei com a minha mãe e desabafei minha tensão com ela. Como boa vascaína recalcada e mulher que não liga pra futebol que é, ela fez pouco caso do meu nervosismo e disse que aquilo tudo era ridículo. Eu disse pra ela que aquele era o dia mais importante da minha vida e ela tripudiou dizendo que o dia mais importante da minha vida devia ser a minha formatura ou o nascimento do meu irmão...Resumindo: ela não entende nada!Apesar disso, fiz questão de sair de casa com a sua benção e ela me fez prometer que eu não tentaria comprar ingresso pro jogo! Eu prometi porque realmente não tinha mais essa intenção. Já estava conformada e naquela altura do campeonato seria impossível. Além disso, saí com 20 reais no bolso, porque não deu tempo de passar no caixa eletrônico. Eu não contava, no entanto, com as surpresas do destino...

Continua.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Meu maior prazer

A semana foi tensa! Há tempos eu esperava por esse momento, mas não lembro exatamente o quanto! A conquista de 92 não está guardada na minha memória e eu não sei exatamente quando comecei a me importar seriamente com futebol...Com futebol não, com o Flamengo. Mas me lembro que no último reveillon, pulei 7 ondinhas no mar sujo da praia de Icaraí e meu principal pedido, mais que um amor, dinheiro ou sucesso foi: "Que o Flamengo seja Campeão Brasileiro".

Contrariando todas as expectativas, principalmemte as minhas, o rubro-negro da Gávea finalmente chegava à liderança do campeonato e a possibilidade de ser campeão na era dos pontos corridos era muito palpável! Eu não estava acreditando! Era bom demais pra ser verdade!Meu Deus? Será que dessa vez vai?Depois de tanto tempo? Esperei tanto por isso! Pedi tanto por isso! Seria capaz de deixar de fazer as coisas que eu mais gosto para viver essa alegria! Justamente esse ano que tentei, sem sucesso, esquecer o futebol! Não fui uma vez sequer ao Maracanã e não assisti aos jogos nem pela TV, porque percebi que aquilo não estava me fazendo bem, eu estava ficando muito tensa e além do mais, o time só perdia quando eu o acompanhava...Decidi esquecer deles e só procurava saber do resultado no dia seguinte, pelos jornais! Estava dando certo! Normalmente na segunda-feira o resultado era positivo! As rodadas foram passando, o Andrade foi ficando e o time foi crescendo...Céus!!!!Será possível!? Eu não queria ser otimista pra não me decepcionar depois, como vinha sendo o costume...Mas minha tática de não acompanhar nada estava sendo bem sucedida!Assim eu continuaria, ou não!

Naquela semana, em que estávamos a 2 passos do paraíso, eu não consegui ficar imune... Algumas semanas antes eu pensava: Ir ao maraca? De jeito nenhum! Esse ano estou dando azar e além do mais agora eu sou uma trabalhadora séria que labuta 8 hrs por dia e não tem tempo de encarar fila de ingresso...Não, não vou! Prefiro não estar no Maraca e ver o Flamengo campeão do que ir até lá e ver meu time se foder mais uma vez! Não, não vou! É o preço que pagarei pra ser a pessoa mais feliz do mundo, pelo menos esse ano! Pensei assim até que milhões de pessoas começam a me procurar perguntando se eu já tinha ingresso, e me dizendo que estavam dispostas a pagar o preço que fosse! Nessa hora começou a me bater uma saudade absurda daquela adrenalina que só as finais do Mengão me proporcionam, além de uma saudade gigantesca do Maracanã. A vontade aumentava quando eu perguntava pro meus amigos mais flamenguistas se eles iam ao jogo contra o grêmio e TODOS eles respondiam: É claro, ingresso comprado!Eu sentia inveja e me enxergava como uma flamenguista de merda. Mas 200 reais eu não pagaria não! E se eles fossem falsos? Ficava mais bolada quando meus amigos falavam: Vale a pena! Ver o mengão campeão não tem preço!

Junto ao fato de estar bolada por não poder ir ao maraca, eu bolava de medo! Cara, que semana foi aquela? O grêmio tinha um time merda? Tinha! Mas o Fla costuma entregar seus jogos decisivos para times merdas e desacreditados? Costuma!O Grêmio entregaria o jogo? Talvez! Eu torcia pra isso acontecer? Sim e não, afinal seria mais um pretexto pra arco-írizada maldita falar mal da gente...Eu tinha crises nervosas várias vezes ao longo dos dias daquela semana. Numa manhã, indo trabalhar eu cheguei a ter palpitação! Só pensava naquele jogo! Me arrepiava e lágrimas saltavam dos meus olhos quando pensava na maravilha que seria aquele momento! Ao mesmo tempo que tinha vontade de gritar, sair correndo e me esconder quando pensava na catástrofe que poderia se desenrolar...Meu Deus, seria o fim do mundo!

Quarta-feira foi o dia mais tenso...Mas também foi o dia nacional do samba e consegui relaxar minhas tensões no trem! Depois daquilo um certo otimismo foi tomando conta de mim! Porque se por um lado o Fla costuma paçocar em jogos fáceis, em finais ele costuma ser bem sucedido, e apesar daquilo ser um campeonato de pontos corridos, aquele jogo não era outra coisa senão uma final! Até comprei uma imagem nova de São Judas Tadeu. A minha outra tinha sido degolada e achei que não seria bom agouro! O ideal era uma imagem novinha, diante da qual eu me ajoelharia e faria minhas promessas...Não tinha jeito! Com aqueles rituais feitos da meneira correta, seríamos campeões.

Continua...



domingo, 25 de outubro de 2009

Top 10: Filmes Sessão da tarde da minha vida!

Sabe aqueles filmes que não necessariamente são bons, mas que marcaram sua infância ou adolescencia por passarem repetidamente na sessão da tarde e em genéricos de outras emissoras? Então! Aí vai uma lista dos que mais me marcaram e que até hoje, se passarem na T.V. e eu estiver de bobeira, paro pra assistir!

1 - Curtindo a Vida adoidado - Clássico dos clássicos! Um dos meus filmes preferidos não só na categoria sessão da tarde. Ferris Buller é meu herói e quando eu crescer quero ser igual a ele. Amo a parte em que ele liga pro restaurante e diz que é o rei das salsichas de Chicago. Também amo a cena mais clássica do filme, em que ele canta e dança twist and shout no meio da rua! Marcou minha infância, marcou minha vida!

2 - As Patricinhas de Beverly Hills - Clássico adolescente! Lembro que não quis ver quando passou no cinema, sei lá por que. Depois de uns 5 anos de sua estreia na telona, assisti pela primeira vez na Sessão da tarde. Naquela época eu era fissurada por Guns n´Roses, e meu tipo ideal masculino era o Grunge. O filme me ganhou na cena em que o personagem grunge dizia em sala de aula para o seu professor algo do tipo: "O Guns n´roses é pra mim o que os Stones foram pros meus pais!".

3 - O feitiço de Áquila - A história de um casal apaixonado que sofreu um terrível feitiço, e por isso não podiam se encontrar. De noite ele virava um lobo, enquanto ela era humana. De dia ela virava uma águia, enquanto ele era humano. Se não é isso é algo parecido! Amava e chorava horrores. Nunca mais passou, uma pena!

4- Caçadores de emoção - Filminho em que o recém falecido Patrick Swayse era um surfista gostosérrimo, mas também um gangster que roubava bancos loucaço! O gatinho do Kenu Reeves era o policial que se disfarçava de surfista. Destaque para as mascaras dos presidentes dos EUA que a gang usava durante os roubos. No final o Swayse prefere morrer numa onda gigante do que ser preso. Filmaço!

5 - Para Sempre Cinderella - Com a Drew Berrymore no papel da Cinderella. Não preciso contar a história né? Mas sem dúvida a parte mais legal é da madrasta e da irmã postiça dela se fodendo no final!

6 - Edward Mãos de Tesoura - Eu nem sabia quem era Johnny Depp, e apesar de ficar com medo em algumas partes, via toda vez que passava. Tinha muita peninha do Edward. Depois cresci e descobri que atrás daquela maquiagem tinha o Johnny Depp e que todos os filmes que ele faz são bons.

7 - Elvira a Rainha das Trevas - Me amarrava muito! Principalmente no estilão cachorrona da Elvira. Ela era o máximo e muito engraçada.

8- A família Buscapé - Ah! Engraçado demais!!!!!

9 - Sonho de Verão - O filminho das paquitas sem a Xuxa! Me amarrava!

10 - A princesa Xuxa e os Trapalhões - Morria de rir na cena em que Zacca e Mussun, cavando um buraco, acabavam chegando a uma privada com uma bunda prestes a sentar ali. Sensacional!

sábado, 10 de outubro de 2009

Top 10 - Bandas que marcaram minha vida

1- PARALAMAS DO SUCESSO - Amei, amo e sempre amarei...Não tem pra ninguém no primeiro lugar do meu coração. Ouvindo desde 1995.

2- LOS HERMANOS - Amei entre 2003 e 2006.Não amo mais, apesar de ainda gostar de algumas coisas. Enjoei, principalmente por conta dos fãs retardados e fiquei puta por eles terem resolvido terminar do nada. Achei falta de consideração na época, mas hoje acho ótimo não ter que ouvi-los. Foi a banda pela qual mais cometi loucuras na minha vida. Sim, eu era uma das fãs retardadas. Paguei vários micos, principalmente com o Rodrigo Barba. Visitei camarins inumeras vezes, tenho autógrafo e foto com todos os integrantes e com alguns músicos de apoio. #ridículo.

3- Guns n´Roses - Acho que fui louca por eles entre 2001 e 2002. Já curtia o som deles há muito tempo, mas foi depois do show do pseudoguns no Rock In Rio 3, em 14 de janeiro de 2001 que fiquei completamente alucinada. Nesse curto período adquiri toda a discografia da banda, muitas revistas com fotos sexys do Axl Rose e alguns dvds com videoclipes e shows. Até hoje gosto muito de ouvi-los, não enjoei de nada, só não defendo mais o Axl, porque me convenci que ele é louco mesmo. Ainda assim, sonho com o dia em que ele, Slash e Duff farão as pazes e seguirão para uma turnê mundial que inclua o Brasil.

4-Legião Urbana - Amei muito durante a minha infância, creio que também a partir de 1995. Em 1996, quando Renato Russo morreu, quase morri junto. Hoje em dia não curto tanto, algumas coisas acho muito ruins e outras muito maravilhosas. Tenho por eles quase a mesma sensação que tenho por LH, mas respeito muito mais Reanato Russo e Cia do que Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante.

5- Spice Girls - Fui completamente alucinada por estas piriguetes do velho mundo na minha adolescencia. Não me envergonho disso hoje em dia, mas na época em que resolvi virar roqueira me envergonhava bastante. Hoje gosto de ouvir umas musicas em momentos de nostalgia, principalmente em festinhas.Nem considero as musicas de má qualidade, pelo contrário, acho a maioria das canções muito boas.

6 - Led Zeppelin - Na minha opinião a melhor banda de rock de todos os tempos.

7- White Stripes - Eu os odiava e por isso não fui no show deles quando vieram ao Brasil. Hoje me arrependo amargamente e os considero a melhor banda da atualidade.

8 - The Strokes - O melhor show internacional que já presenciei.

9 - Foo Fighters - Dave Grohl é um gênio que sabe fazer como poucos de sua geração o bom e velho rock n´roll sem presepadas.

10- Titãs - Apesar de hoje em dia estarem bem caidinhos, gosto muito da fase inicial da banda. Sem contar que o acústico deles é um dos mais fodas de todos os tempos. Também ouvi muito na infância.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Top 10: Coisas que mais odeio na vida

1- Mosquitos

2- Sentir frio

3- Engarrafamento

4- Sair de casa em dias chuvosos (principalmente se tiver que ir pra UFF)

5- Gente desconhecida que puxa papo no ônibus

6- Shopping cheio

7- Dormir menos de 8 horas por dia

8- Ir ao médico

9- Ir ao salão de beleza

10- Pessoas de Jacarepaguá (com algumas excessões)

sábado, 3 de outubro de 2009

Me cansei de lero-lero...

Hoje decidi pela milésima vez que desisto de entender aquilo que eu mais gostaria de entender na vida! Não tem jeito. Pau que nasce torto nunca se endireita.Foram inúmeros flertes, inúmeras declarações, demonstrações de carinho e afeto, mas chegada a hora H, tudo se tornou apenas ilusão. Para que criar tantas expectativas em mim, me diz? Eu acho que não mereço isso, apesar de demonstrar apenas 10% do carinho que possuo e de tentar dissimular falta de interesse. A verdade é que me interesso muito, mas acho que não espontâneamente, e sim pela sua presença constante, pela questão que você faz de se fazer presente. Na minha humilde opinião, isso acontece apenas para que você possa inflar seu ego, que deve ser muito mal resolvido.Sim, é a única explicação que encontrei e quer saber? Não acho isso nada digno. Eu não tenho culpa de suas frustrações e não quero ser usada dessa maneira por você. Aceitaria ser usada de diversas outras maneiras, mas assim não! Assim eu não quero, assim eu tiro meu time de campo, como já cansei de planejar, sendo sempre mal-sucedida, porque você sempre volta pra me artomentar quando já estou prestes a te esquecer.É isso, tô cansada. Hoje desisti mesmo, não vou voltar atrás. Assim espero.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Top 10: coisas que mais amo fazer!

1- Dormir

2- Comer

3- Fazer Número 2

4- Fazer besteirinha

5- Tomar sol na areia da praia

6- Tomar banho de mar após tomar sol na areia da praia

7- Ouvir música

8- Cantar no videokê

9- Dançar

10- Chapar

Não necessariamente nessa ordem, dependendo da ocasião!hehehe!

domingo, 27 de setembro de 2009

Se eu quiser falar com Deus...

Essa semana uma amiga me chamou pra ir ao show do Nação Zumbi e à princípio eu aceitei porque a proposta me atraiu bastante:o ingresso seria comprado pela internet, o pagamento seria feito no cartão de crédito, iríamos de carro aqui do Recreio mesmo e de quebra, eu testemunharia este evento que é um clássico do mundo da música, algo que sempre tive vontade de fazer apesar de não ser nenhuma profunda conhecedora da banda! Acontece que não consegui comprar meu ingresso online e como agora arrumei um bico que me toma o sábado inteiro quase desisti do show quando um pensamento derrostista começou a me dominar: "nem deve ser tão legal assim, nem conheço todas as músicas, deve dar só aqueles tipinhos pseudo-cults que eu tenho abominado, blablabla...". Mas sabe aquele bicho carpinteiro que te obriga a sair de casa em noites enluaradas? Ontem eu estava possuída por vários deles e não estava dando pra ficar em casa de jeito nenhum. Eles eram mais fortes que meu pensamento derrotista e me faziam crer que qualquer coisa era melhor que ficar em casa. Com essa "coceira" cheguei do trampo, me amurrei rapidíssimo e fui! Sinceramente, foi a melhor coisa que eu poderia ter feito naquele dia. O show foi uma coisa absurda de boa, uma catarse difícil de definir, algo que há muito tempo eu não presenciava. Resumindo: foda!

Toda essa historinha do show é para, na verdade, contar um episódio que aconteceu no meu caminho para lá. Minha amiga marcou de me pegar no supermercado Zona Sul do Recreio. Saltei da Kombi ali e acabei tendo de esperar um tempinho. O mercado estava bombando. O que entrava e saia de gente indo pra night não tava no gibi. Fora as pessoas que iam pra pizzaria que tem lá dentro, além das outras que estavam simplesmente fazendo suas compras normais. Até pensei que posso ficar lá dando pinta num dia em que não tenha nada pra fazer, afinal até rolam uns machinhos dignos no local...hehehehe. Quando minha amiga estava quase chegando, duas garotas que devem ter mais ou menos a minha idade vieram me abordar com muita educação e simpatia. Pensei que elas estivessem fazendo a promoção de algum produto novo no mercado, ou me convidando para um evento bombante que estaria rolando pelas redondezas, mas não. Uma das meninas me disse que ambas eram de uma igreja dali de perto e que tinham me visto alguns minutos antes. Quando estava no meio do caminho para sei lá onde, Deus teria lhe mandado um recado: ela deveria voltar pra conversar comigo. Assim, ela voltou e me perguntou se eu tinha religião. Pensei um pouco e achei melhor responder que sim, o que não é uma mentira de todo. Depois me perguntou se eu acreditava no Nosso Senhor Jesus Cristo e eu também respondi com toda convicção que sim, pois acredito mesmo. Pra terminar ela falou que Deus me ama muito e que ela estava ali pra me dizer que eu devia me reaproximar Dele, que Jesus morreu na cruz para que nós resgatássemos o nosso laço com o Pai, que teria se rompido quando Adão e Eva O desobedeceram no paraíso. Fui extremamente receptiva com as duas, apesar de ter dúvidas quanto a real intenção delas. Sim, talvez eu realmente precise resgatar minha intimidade com Deus e ela realmente tenha recebido um sinal divino, mas talvez ela estivesse somente blefando, a fim de me seduzir para a tal igreja dela. Pra minha sorte, minha amiga chegou no meio do nosso "papo". Agradeci a preocupação das duas e disse que tinha de ir. Saí correndo em direção ao carro.

Blefando ou não, a menina acertou na mosca.Quem me conhece bem sabe que há uns 5 anos atrás eu podia ser considerada uma jovem carola. Participava do grupo jovem, frequentava "encontros com Cristo" de todos os tipos, não faltava uma missa aos domingo nem em dias santos, me confessava e comungava regularmente. Cheguei a ser coordenadora de pastoral, um verdadeiro exemplo. Grande parte dos meus bons amigos que tenho hoje são fruto dessa época, uma época que considero maravilhosa, mas que passou. Sim, entrei para faculdade e digamos assim, me desvirtuei. Larguei todos os meus compromisso paroquiais e praticamente só vejo a Igreja na Páscoa. Muita coisa mudou, no meu coração e nos meus pensamentos. Mas a questão é que apesar de ter me indentificado com as visões da mocinha, elas não conseguiram me comover. Não sei, talvez eu que esteja errada, mas preferi acreditar que se aquilo fosse verdade eu ficaria extremamente tocada, emocionada e culpada com aquelas revelações e acabaria procurando um padre para me confessar imediatamente. Mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Segui meu caminho para minha nigth sem nenhum remorso e fiz todas as coisas "erradas" que tenho feito ultimamente sem nenhuma culpa. E vamos combinar que provavelmente ela já imagiva que eu só poderia ter duas respostas. Ou eu diria que não acredito em Deus e nem tenho religião e prontamente ela me convenceria a conhecer Jesus, ou eu responderia exatamente o que respondi, então o mais óbvio ela era mandar esse papinho da reaproximação, por ser a única carta que ela tinha na manga. Numa terceira e menos provável possibilidade, eu diria que tenho religião e muita fé nela, restando à pobrezinha somente dizer Amém.
Essa coisa de religião é muito complicada mesmo. Ainda guardo muita coisa da tradição católica na minha personalidade, pois fui criada nela e não me envergonho de dizer que há muitas características louváveis e admiráveis na sua doutrina. Ao mesmo tempo, tenho dúvidas em relação a muitas questões, enquanto que de outras eu discordo completamente. Acho a espiritualidade algo extremamente importante e não consigo simplesmente não acreditar em Deus,e nem que a nossa vida é só isso aqui e acabou. Não, não consigo! Mas a verdade é que depois que você estuda Antropologia, ainda que com uma péssima professora, fica extremamente inviável acreditar que a verdade seja uma só, por mais que se queira. Isso me fez repensar várias coisas que eu enxergava como certas e, por isso, não sei se me considero cristã como me considerava antes. Na verdade, não acho que eu ainda seja digna de me considerar assim, se é que para isso seja necessário ter dignidade.

Sei lá...Talvez um dia me arrependa de tudo isso que penso atualmente e retorne à casa do Pai com o rabinho entre as pernas, mas por enquanto enxergo o pouco de culpa que ainda carrego em minha consciência como algo meramente simbólico-cultural imposto por esta sociedade em que vivo. Nesse meu tempo religioso aprendi que não adianta pedirmos perdão por algo que não nos arrependemos de fato e, pra falar a verdade, ainda não me arrependi de nenhuma das coisas teoriamente erradas que eu já fiz. Não sei se isso é bom, mas é o que sinto.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Se tá ruim pra você...

Se vc acha que sua vida tá uma merda, sinta-se melhor com o meu drama:

Estou escrevendo este post catando milho com a mão esquerda, pois adquiri uma tendinite no braço direito por conta das 32454463890064 de fotos que sou obrigada a escanear diariamente no meu estágio. Estágio que por sua vez não me paga em dia. O vencimento do meu cartão de crédito se dá todo dia 20, justamente porque a bolsa do estágio deveria cair todo dia 15 na minha conta, mas até agora nada...A internet aqui de casa quem paga sou eu, mas todo mês pago com atraso, porque a conta vence dia 5 e os incompetentes que trabalham lá são incapazes de mudar esta data, por mais que eu já tenha pedido mais de 1 milhão de vezes a mudança. Assim, ainda hoje meu acesso será cortado e nem na internet eu poderei entrar pra me distrair.
Minha mãe é quase mais fodida que eu e não pode me ajudar com as contas que tenho de pagar, apesar de tentar me socorrer de vez em quando. Meu pai é inexistente e meu irmão tem 8 anos. Meu avô até tem dinheiro, mas nem lembra que eu existo. Meus padrinhos não são ricos, não tenho tios milionários e nenhuma pensão de parente distante.Homem? Eu queria um rico que me bancasse, mas nem um pobrinho eu arrumo!
O que me resta? Esperar que essa dívida no banco cresça e ver meu nome entrando no SPC. E até lá, nada de twitter, orkut, ou msn. Triste, não?

Então, espero que eu tenha melhorado o dia de alguém que achava que estivesse muito fodido e ao ler a minha história tenha percebido que sempre tem alguém numa situação pior. E se você tem uma história mais triste que a minha, por favor me conte! Pelo menos você estará fazendo uma boa ação, me fazendo perceber que a minha vida não tá tão ruim assim.

Bjomeliga.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mané, Maneco

Não resisti. Acabei assistindo parte da novela do Maneco. Eu estava resisitindo, como costumo resistir com toda novela, mas essa, em especial, eu queria muito conseguir não assistir. Nunca escondi de ninguém que sou a maior noveleira, mas pra ter a minha humilde audiência, a trama precisa me conquistar seriamente desde antes do primeiro capítulo, já nas chamadas. Essa aí já começou me dando nojinho pelo título. Convenhamos, Viver a Vida é cafona demais. Devemos contudo, relevar esse fato, uma vez que em título brega, o Maneco é expert: História de Amor, Por Amor, Laços de Família, Mulheres Apaixonadas, Páginas da Vida... É muita falta de criatividade? É, mas não é o título que faz uma boa novela. Para completar, as chamadinhas dessa nova trama aí eram ainda mais clichezentas que seu nome, com depoimentos reais dos próprios integrantes do elenco e outras cafonices do gênero.

Não vou negar que, apesar de não me lembrar direito por ser muito novinha, gostei muito de Felicidade, que se eu não me engano, foi a primeira novela solo do velho barbudo, que já devia ser velho naquela época. História de Amor só não foi minha novela preferida porque antes dela eu tive o prazer de acompanhar Mulheres de Areia, que até hoje, na minha humilde opinião, nenhuma barrou - talvez Roque Santeiro, mas essa eu assisti em um outro contexto da minha vida, já adolescente. Por Amor, acho que também entra no meu TOP TEN. Me lembro que achava o máximo Helena e Maria Eduarda serem mãe e filha na vida real também, aquilo me dava uma sensação de verossimilhança incrível, eu curtia muito. Em Laços de Família a coisa já começou a degringolar, a final, apesar de lindo, o Gianechini era ruim demais e a Vera Ficher como Helena forçava muito a barra. Em compensação, Laços tinha a insuportável da Íris, a Ciça (que era outra insuportável, mas que era divertidíssima) e o bon vivant Danilo, numa excepcional atuação do Alexandre Borges.
A coisa começou a ficar feia mesmo pro lado do Maneco em Mulheres Apaixonadas. A Cristiane Torloni conseguiu o papel mais insosso da vida dela mesmo sendo a superpoderosa protagonista Helena. A Suzana Vieira descolou por sua vez, o papel rídiculo dela mesma, ou seja,da velhoca pegadora de novinho. Além disso, tínhamos que engolir as péssimas atuações da Pitty Webbo, que fazia a Marcinha e do Pedro Furtado que interpretava o Fred, vulgo AquaMan.Salvava a trama o drama vivido pela terceira idade, pois tinha a Rejiane Alves que fazia uma netinha muito má, mas bem divertida. Em Páginas da Vida porém, a coisa conseguiu ficar ainda mais trevas. Essa aí foi tão ruim que nem consigo lembrar direito o que tinha de pior. Só sei que uma das poucas coisas louváveis foi a sempre maravilhosa Lílian Cabral. Tinha também a relação da Viviane Pasmanter com o Caco Ciocler, que era bastante instigante. Aliás, acabei de me lembrar que era só por causa disso que eu assistia essa novela com uma certa frequência.

O que mais me irrita no Manoel Carlos é ele achar que suas novelas contam a "história da vida real" só porque em toda trama dele tem alguém com uma doença grave que quase morre (mas que no final sempre se cura) ou porque nelas são expostos conflitos familiares aos quais ninguém está imune. Vida real é o c*#$R¨&@lho! Desde quando o Leblon - principal locação de suas novelas - é um lugar real??? Pior ainda é ter que aturar verdades do tipo "amor de mãe não tem limites", quando todo mundo sabe que isso é muito relativo. Gostaria de saber porque em toda novela do papai noel existe um núcleo hospitalar repleto de médicos muito bem conceituados que amam sua profissão e que trabalham em hospitais de altíssimo nível. E por último, mas não com menor curiosidade, gostaria que me explicassem por que cargas d'água a música da abertura é sempre uma bossinhanova! Por que, meu Deus?????Isso só me faz apreciar cada vez menos o estilo musical...Vinícius que me perdoe.


Hoje, no terceiro capítulo, acabei me rendendo e assistindo a última parte da novela já que estava ouvindo muitas pessoas falarem bem, o que me deixou bastante curiosa. Para resumir: o pouco que vi achei uma merda. Pra começar que a Thaís Araújo atuando é o Ó. Depois, a mulher que interpreta a mãe dela consegue ser ainda pior, além de ter um texto que não ajuda em nada a coitada. A Aline Morais como uma filha mimada, linda e rica também já não é novidade desde Duas Caras )com a diferença que o Maneco consegue deixar todo mundo mais forçado). O núcleo médico estava lá, firme forte, sempre muito feliz e ético, assim como a bossanova da abertura continua batendo ponto sem riscos de perder o emprego. Não cheguei a ver a atuação do Zé Mayer em seu milionésimo papel de garanhão, mas sei que ele está lá e, apesar de achá-lo um tesão, penso que ele deveria se recusar a atuar nas novelas do Maneco, a não ser que fosse pra fazer um mendigo, ou um traficante. Outra coisinnha escrota que também tem nessa novela são os depoimentos de superação de pessoas comuns que rola no final de cada capítulo. Genteeeeeeeee, isso é o fim!!!!!Mas o vovô acha muito maneiro, muito original, fazer o que???Enfim, nesse meu primeiro contato com Viver a Vida consegui achar duas coisas dignas: o Mateus Gostoso Solano e a Bárbara Paz interpretando uma bêbada depressiva. Ammy Whinehouse que se cuide!

Bjomeliga!

sábado, 12 de setembro de 2009

Entre subúrbios, cervejas e pagodes

Primeiro ele não tinha local. Depois não tinha data...Mas aconteceu. No bairro de Piedade, subúrbio carioca, próximo à linha do trem. Coincidentemente, o lugar onde eu nasci. Há 23 anos que não tínahmos um encontro tão estreito... Nem foi tão complicado chegar lá, mas tive muito medo de me perder pelo caminho. Refiz um itinerário que fazia muito na minha infância e por isso, lembranças maravilhosas me tomaram ao longo do percurso. Taquara, Praça-seca, Mato-Alto...A casa "cortada", o Colégio Arte e Instrução...Finalmente, chego em Cascadura, ponto final de todos os ônibus do mundo.Lá não foi muito difícil achar um coletivo que passasse na Gama-Filho.Estação de trem de Cascadura, de Quintino e de Piedade:algo me dizia que que era pra saltar ali, mas sei lá por que motivo, continuei no ônibus. Deus mandou um anjo (tenho certeza que foi ele), um senhor que perguntou ao motorista: "Onde fica a Gama-Filho?" Para meu desespero o motorista afirma que já havia passado (como eu presumia) mas que ainda dava pra deixá-lo num local mais ou menos próximo. "Ufa, que alívio!", eu pensei. Saltei junto como o senhor e decidi por segui-lo, mas logo não foi mais necessário, a Gama-Filho surgia ali na minha frente, como se fosse um oásis. Cheguei!
Não tinha quase ninguém. Além de mim, o dono da casa e sua namorada, estavam apenas mais duas pessoas...Por muito tempo pensamos que seríamos só nós. "Fulaninho é mó furão, não vai vir!Ciclaninha é louca, não vai conseguir chegar... ". Pensamos seriamente em não comprar carne, afinal, não havia quórum e não valeria a pena...Mas o quórum foi sendo feito e no final, estávamos quase todos reunidos novamente.Parecia impossível mas estávamos lá, juntos, relembrando momentos incríveis, fazendo as mesmas piadas, cantando as mesmas músicas, chapando o coco através dos mesmos procedimentos, rindo, zoando...
Mas a catarse rolou mesmo por conta da trilha sonora. O dono da casa, assim como eu, é um amante dos pagodinhos de corno dos anos 90. Foi sensacional: Soweto, Karametade, Os Morenos, Arte Popular, Exaltasamba... com destaque para aquele refrão que diz : "Você reclama do meu apogeeeuuu/Do meu apogeu/E todo o céu vai desabaaaarrrr". Nooossaa! Foi uma comoção geral.
As horas passaram, a cerveja foi acabando e percebi que mais nada superaria aquele momento. Fui embora, antes que ficasse ainda mais tarde e não conseguisse condução pra roça. Fui andando sozinha pela escura e deserta rua Manuel Vitorino. Naquele momento me arrependi mais uma vez de ser uma doida inconsequente e lembrei da minha mãe falando pra eu tomar juízo, pra eu não esquecer da hora e depois ficar desesperada na rua porque não tem mais busão, pra eu não andar sozinha...Tudo isso passava pela minha cabeça e o medo era constante, mas o ônibus não tardou a chegar.
No trajeto de volta para casa eu pensava na saudade que já sinto de agora. Da falta que vão me fazer essas pessoas que marcaram um momento tão feliz da minha vida e que me proporcionam tantas risadas, mas que sem piedade, o tempo levará de meu convívio.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Breguices e utopias: A saga dos clichês

Estava tentando terminar um longo post que comecei na madrugada de sábado e ainda não consegui terminar! Ele era sobre o meu atual estado brega-apaixonado. Sim, estou apaixonada!Estou amando loucamente um carinha que provavelmente nunca mais verei na vida. E o pior é que tenho pra mim que só me apaixonei por conta disso. Uma vez que provavelmente não o conhecerei a fundo, fico fantasiando que ele é o cara certo pra mim. Nunca saberei o que há nele que me desagrada. Nunca saberei se ele é um rapaz capaz de me amar, ou se é só mais um a fim de me comer uma noite e depois sumir. Pra falar a verdade, se eu tivesse que votar, votaria na segunda opção, afinal, ele não equeceu de me propor um lugar mais íntimo, mas esqueceu de pedir meu telefone. Ao mesmo tempo, prefiro acreditar que ele foi somente esquecido e que agora deve estar profundamente arrependido. Gosto de pensar que ele não para de pensar em mim um segundo, assim como eu não paro de pensar nele.(Digno de novela mexicana isso aqui, hein!)
Pow, o post não era para ser sobre esse meu estado rídiculo de paixonite, mas já está sendo. O primeiro que eu tentei começar era sobre todo o contexto em que esse amor surgiu (que brega, senhor!). Na verdade ainda não desisti dele por completo, mas ele está tão estilinho malhação, que até enjoei. E também, ele está extremamente descritivo, por isso fiquei com medo de me explanar demais. Eu sei que ninguém lê esta bagaça (me perdoem meus poucos leitores, mas quase ninguém lê isso mesmo), mas se o mundo já é pequeno, o mundo internético é bem mais...Enfim, tô amando, mas não quero parecer idiota (sim, sei que já estou sendo muito idiota escrevendo isso aqui, mas a vítima do meu amor [brega de novo] não precisa saber que tô falando dele).
A minha idéia inicial para hoje era desabafar sobre as dificuldade dessa vida! Cara, não sei se o problema é só comigo, mas viver tem sido foda (no pior sentido da palavra) ultimamente! Comentei isso hoje na faculdade, depois de uma reunião um tanto "baldedeáguafria" com minha orientadora. Perguntei pra uma colega por que essa vida tem de ser tão difícil e ela sabiamente me respondeu o que já estou cansada de saber, mas acho que só me convencerei quando estiver quase morrendo: "Porque se não for assim, não tem graça!"
Pois é, pode não ter graça, mas nesse momento eu queria que tudo fosse mais fácil. Queria que o bofe por quem estou apaixonada desse um jeito de arrumar meu telefone e me ligasse. Queria dormir agora e acordar amanhã sabendo ler perfeitamente em alemão. Queria morar a 5 min do meu trabalho. Queria que meu time estivesse bem no Brasileirão. Queria comer, comer, comer, comer e não engordar...Assim, praticamente? Queria ou um gênio da lâmpada ou a MegaSena.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Doida demais

Hoje fui ao cinema assistir ao filme dos "Normais". Pelo trailer achei que não fosse gostar muito, mas como sempre fui fã do seriado e amo o primeiro filme - do qual tive a mesma impressão antes de ver e me escangalhando de rir toda vez que assisto - preferi apostar nele! E graças a Deus, não fui mal sucedida. Cheguei no cinema com o filme já começado provavelmente há uns dez minutos e a primeira palavra que ouço é um XOXOTA muito bem articulado. Pronto! Bastou isso para eu achar o filme maravilhoso. Na cena, o Rui, personagem do Luis Fernando Guimarães, argumenta com um garçom que é impossível não enjoar de comer sempre a mesma mulher há mais de vinte anos, uma vez que por mais que o homem seja apaixonado por sua companheira, seja ela quem for, ele sempre vai desejar uma novidade.

Uma das coisas que eu mais curtia no seriado Os Normais era esse tom escrachado do casal Rui e Vani. Essa coisa deles falarem sobre seus desejos mais íntimos sem nenhum constrangimento, de xingarem milhões de palavrões sem nenhum pudor, de se meterem em um monte de roubadas simplesmente por estarem a fim de novas experiências sexuais ou apenas sociais...Enfim, esse jeito de ser que não tem vergonha de sentir e nem tão pouco de demonstrar o que todo ser humano normal sente, mas que a grande maioria não demonstra.

Eu sinceramente acho que todo tipo de comportamento tem sua hora e seu lugar, e apesar de me identificar demais com a Vani (vivida pela Fernanda Torres), não me vejo agindo e nem falado como ela na frente de certas pessoas ou em determinadas ocasiões. Mas devo confessar-lhes que A-DO-RO incorporar essa personagem de vez em quando. Para uns, eu não devo nunca ter incorporado, para outros eu devo ser a maior devassa e desbocada do universo, para alguns outros eu devo estar no meio termo...Isso também depende muito do nível de caretice de cada pessoa.

Mas sei lá porque estou falando isso aqui. Deve ser porque, na verdade, gostaria de ser Vani o tempo todo, mas como vivo numa sociedade hipócrita, acabo me adaptando à sua hipocrisia. Apesar disso, tenho a leve impressão de que se eu fosse fazer uma enquete sobre minha imagem, a maioria dos entrevistados votaria que eu não valho nada mesmo...hehehe!

Enfim, se é pra votar em alguma coisa eu voto que todos devem assistir "Os Normais 2: A noite mais louca de todas!"

Bjomeliga!

sábado, 29 de agosto de 2009

Na Boutique ou Vida de Gado

11:00 hr: Já cheguei, já estou sozinha. Sentei pra ler sobre filosofia, mas não tive concentração. Pessoas passaram, observaram a vitrine. Algumas poucas entraram e perguntaram os preços. Demasiado caro!

12:00, 12:30, 13:00 hr: Paro para os filósofos novamente. Pascal, Spinoza, Leibniz...Estou gostando, mas a cada parágrafo lido, me pego a divagar. Sobre o que? Sobre aquele virginiano maldito que ontem ressurgiu com suas propostas indecentes. O que ele quer? Ora, sexo! E eu? Ah, quero, mas também quero amor, carinho, conchinha...Mas não precisa ser dele...Quero de alguém não-virginiano!

13:00 hr: Almoço!!!!Nem tava tão bom, mas comi, !
Dei uma volta no shopping. Pessoas desprovidas de capital, como eu, deviam ser proibidas de andar em shoppings! Deprime.

14:00 hr: Lendo e divagando...

14:40 hr: Cochilo inevitável!

15:00 hr: Termino os racionalistas.

15:15 hr: O tempo não passaaaaaaaaaaaaaa!
Experimento roupas. Nenhuma me cai bem. Que bom!Sim, que bom! São demasiadamente caras, lembra?
Não há nada pra fazer, então fico escrevendo essas besteiras aqui. usando a última folha do texto do Foucault, que é pra não gastar as folhas do caderno alheio. Sim, eu trouxe o Foucault pra ler aqui, mas muito sem paciência pra ele! Não coube tudo no texto dele e acabei arrancando uma folha do caderno...Na verdade foram duas.
Fico me policiando pra não olhar as horas...Devem ter passado uns 5min desde a última vez.
E hoje o dia tá tão lindo!!!!É até pecado trabalhar num dia assim...Mas pessoas desprovidas de capital se veem obrigadas a venderem seu sábado por 50 reais a mais na conta bancária - nem sabem se vale a pena, mas recusar também não dá - e por isso acabam perdendo pontos no céu.
Olho no relógio????
Vou olhar!

15:33 hr: Que merrrrrrrrrrrrrrrrdaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!
Às 19:00 sairei daqui! Mas ainda falta taaaaaaaaaannnto. É nessa hora que me lembro do Zé Ramalho.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A cruel vontade dos astros

Hoje encontrei o segundo virginiano da minha vida!Ah! Por que ele tinha de ser virginiano??? Eu não precisava de mais um pra me fazer sofrer!Mas também se não fosse, aquele momento não seria tão maravilhoso!Já estava quase me esquecendo como era bom...E o mais incrível é que a comparação com o primeiro já tinha sido feita antes de eu descobrir seu signo maldito! Quando descobri, tudo fez sentido, tudo!Nunca botei muita fé nessa coisa de astros, mas os fatos historicos da minha história já haviam me contado que virginianos rejeitam taurinos e que taurinos, ainda que rejeitados, humilhados, esquecidos e sacaneados, não são capazes de esquece-los. Assim foi com o primeiro, assim está sendo com o segundo.
Entretanto, o segundo possui mais virtudes que o primeiro. O segundo é de uma sinceridade sem tamanho. Uma sinceridade que me dói, confesso. Mas pior que a dor da verdade é a dor da ilusão. Me iludi com o primeiro não porque fosse esta a sua intenção, mas porque faltou nele a sinceridade nua e crua do segundo. Não nos enganemos!Nós mulheres do século XXI nos achamos muito modernas e desprendidas e tentamos não demonstrar envolvimento, mas a verdade é que sempre fantasiamos amores sinceros em nossos momentos de diversão.Pelo menos comigo é assim. Foi assim com o primeiro, e com todos os outros...Com o segundo só não foi porque sua sinceridade não permitiu, mas se não fosse ela...
O fato é que hoje, finalmente, reencontrei o segundo. Estava com tanta saudade dele!E nosso encontro foi tão belo!Ele foi tão carinhoso, tão efusivo...Lamento ter sido tão breve!Foi tão breve que não consegui contar-lhe coisas que esperava para este momento e por isso foi como se não tivesse matado as saudades. Pelo contrário, elas cresceram ainda mais dentro de mim!

No caminho de volta pra casa, fiquei me lembrando quão sublime tinham sido aqueles poucos minutos, ao mesmo tempo que lamentava a vontade dos astros. Seria lindo, mas eles não permitirão. Já estou conformada...e satisfeita de saber que - diferente do primeiro caso - ao menos sua amizade eu possuo!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

em milhares de cacos

Dores, sinto muitas
Da cebeça aos pés passando pelo coração
Na memória, a pior delas

Palavras duras que eu guardava a tanto
Foram postas pra fora com um alvo certo
Seu coração que nem sei se ainda há

Provavelmente nele não surtiram efeito
Mas remoem meus pensamentos a todo minuto
Machucam minha alma

Como foi capaz de tamanha ousadia?
Não o reconheço porque nunca o conheci
O que tem de bom está guardado em baús muito velhos
Em porões inacessíveis
Não consigo resgatar


Só me lembro das dores
Pois é o que eu sinto agora
E do rancor, e do ódio, e da mágoa
E do seu sinismo que me dá nojo
E da vergonha que sinto de ter em mim o que é seu.

sábado, 22 de agosto de 2009

Eu e o fenômeno comportamental da noite da Lapa

Ontem fui ao show do Songoro Cosongo no Democráticos. Sou suspeita pra falar, pois adoro o som da banda e na minha humilde opinião, eles foram maravilhosos como sempre. Dancei e me esbaldei de um jeito um tanto autista, como costuma ser quando saio com minhas amadas peruas princesas. Isso acontece porque uma já tá quase beirando os 30 anos e, apesar de linda e sensual, não tem mais aquele pique de nigth, por isso acaba ficando de saco cheio, sentando sozinha e quase pegando no sono no meio do salão. A outra é uma gostosona de quase 1,80m de altura, ou seja, chama atenção em demasia dos machos e sempre tem alguém tirando ela pra dançar, o que normalmente termina em pegação. Na outra ponta do triângulo estou eu, que tenho apenas pouco mais de um metro e meio e quase nenhum apelo sexual. Raramente alguém me tira pra dançar, mas quando me tiram ou é alguém mais desinteressante do que eu, ou alguém relativamente interessante que eu espanto com o meu terrível dançar!Rsrsrsr. Por isso prefiro dançar sozinha mesmo, autistando, pagando de sequelada e me divertindo bastante no final.

Mas tudo isso aqui não é pra me lamentar. Pelo menos não pra me lementar do meu momento sozinhaencalhadananight e sim das pessoas que lá estavam. De uns tempos pra cá um fenômeno tem tomado conta dos lugares que frequento. Na verdade não sei dizer se isso sempre existiu e o meu olhar que mudou, ou se é realmente um fenômeno atual. O fato é que vem me irritando demais a quantidade de pessoas que fazem tipo de alternativoscultbacaninha nesses estabelecimentos em que vou me divertir. Tudo bem que eu meio que apelo, a final que tipo de gente eu esperava encontrar num show do Songoro Cosongo, ainda mais no Democráticos? Mas cara, vocês hão de convir que ver uma pessoa de cabelos negros encaracolados no estilo blackpower, chegar num lugar vestido de terno e gravata, e se sentindo o ser humano mais descolado do pedaço é demais pro meu coração! Como se não bastasse a figura colocou um nariz de palhaço, pintou a cara com uma tinta vermelha, tirou o paletó do terno ficando apenas de colete e dançou como se fosse a única pessoa dali que conhecesse salsa, merengue e ritmos similares. Mas não foi só ele, vários outros tipinhos me irritaram. Foi o caso do punkmodelet - cara gato pra caralho, mas que tava fantasiado com uma jaqueta de couro e uma bermuda jeans pseudorasgadinha -, da hipponguinha forrozeira (po, já passou da época em que esse tipinho era maneiro), dos milhares de barbudinhos tipo los hermanos, das cabrochinhas da lapa...Enfim, tudo soando muito artificial.

Mas acabou que no final eu me diverti, mesmo sem ter colocado uma gota de alcool na boca ou fumaça de óregano na mente. Me liberei tanto no meu autismo bailante que de repente me vi dançando com um sujeito que se chamava Anauê (Será que o pai dele era integralista?). Sozinha eu realmente danço muito bem. Provavelmente ele pensou que por isso eu soubesse dançar junto também...Que fiasco!Sem graça com a situação, ele disse que a música era muito difícil e eu, na minha humildade, assumi que não sabia dançar junto!Mas isso não importa, ele era tão bonzinho que não desisitiu de mim. Me ensinou uns passinhos e ficamos dançando até o final da apresentação. Perguntou meu nome, se apresentou, trocamos uma palavras e eu fugi. Não porque ele fosse feio ou chato, mas porque com certeza ele era gay. Presumo que ontem ele tava no seu momento "queroprovarpromundoquepegomulé", ou realmente só queria dançar e fazer uma nova miguxa, mas eu não estava com paciência alguma pra isso. Peguei minhas coisas no guarda-volume e esperei minha amiga terminar seu assunto sentada numa cadeira, observando com indgnação as figuras fakes que ali estavam. Fomos embora.

No caminho pro ponto de ônibus passamos por um lugar que tocava um funk nas alturas. Fiquei imaginando como seria legal se estivesse tocando um tecno-brega bem alto na mala de um carro qualquer. Como eu me empolgaria e como seria a reação das outras pessoas. Umas se despindo de preconceitos e se entregando ao ritmo como eu, e outras com cara de c* se perguntando com ar de superioridade que merda seria aquela... Até que uma van passou, entramos nela e voltei para a realidade lapense carioca.

domingo, 16 de agosto de 2009

A sensação do meu momento!

Desde que voltei da minha última viagem estou obcecada pelo Tecno Brega, estilo musical sensação do estado do Pará! Grande parte do tempo que passo na internet agora são dedicados à procura de Hits que embalaram esses 6 dias. A questão é que não sei se isso se dá por conta da saudade dos momentos tão maravilhosos que passei na Cidade das Mangueiras e na Ilha dos Búfalos, ou se porque as aulas da Adriana Facina influenciaram meu gosto musical por completo.


Cheguei no Pará ciente de que escutaria muito esse tipo de música e apesar de não simpatizar muito com a Banda Calypso, eu estava disposta a entrar no clima do lugar e não reclamar do que estaria por vir! Por incrível que pareça, não lembro de ter ouvido uma canção de Joelma e Chimbinha sequer.Em compensação, um mundo de versões de famosas músicas em inglês e outras tantas melodias originais me foram apresentadas em forma do que os paraenses chamam de "musica de aparelhagem". Assim, não só eu, mas a maioria dos que estavam comigo, se deixaram conquistar por esse ritmo. Prestávamos atenção nas letras e ríamos a cada frase inusitada que era cantada. Tentávamos descobrir de que música original era aquela versão e nos surpreendíamos a cada constatação. Até versão de Guns n´Roses nós ouvimos! O brega era a nossa trilha sonora principal e era incrível como se harmonizava com o nosso momento! Um bando de jovens universitários e duros, viajando às custas da Universidade e com uma vontade enorme de extrair daquele estado o que ele podia nos oferecer de mais particular. Não curtir aquele som seria como não curtir aquele lugar por completo.


Agora me pergunto novamente: Estou obcecada pelo brega porque fui feliz demais no Pará, ou porque realmente gostei do que descobri? Creio que seja um pouco dos dois. Ao pesquisar músicas para download dou preferência àquelas que tenho certeza que já ouvi antes porque são elas que me acalmam a saudade, mas como volta e meia um título desconhecido me chama atenção, acabo baixando pra ver qual é. Algumas eu gosto, outras não, o que também acontece com o rock, com o samba, com o funk e com o pop...Por via das dúvidas, continuarei ouvindo as mixagens, os melodys e as swingueiras até não aguentar mais, porque nesse momento o Tecno Brega é meu estilo musical preferido de todos os tempos!



Pra terminar, vai aí Top 5 dos meus bregas preferidos:



1- Meu novo namorado - Banda Puro Desejo (essa música é sobre mulheres que tomaram um pé na bunda, mas deram a volta por cima)

2 - Eu me apaixonei - Banda Puro Desejo (versão de November Rain do Guns N´Roses)

3 - Perder o ar - Banda Fruto sensual (versão de uma música bem conhecida que não sei o nome, da Regina Spektor)

4- Agora estou chorando sem teu amor - DJ Betinho e Brenda Angel

5 - Não tente me impedir - Banda Açaí Pimenta



p.s.: Todas as músicas podem ser encontradas no You Tube.

sábado, 15 de agosto de 2009

Vontade de aparecer!

Acho que essa é a terceira vez que tento fazer um Blog!Nem preciso dizer que das outras vezes um post foi muito. Pois é...Cá estou outra vez, sei lá porque agora acreditando que isso vai dar certo! Mas devo confessar-lhes que o título deste post tem tudo a ver com o meu momento! Em tempos de twitter, escrever tudo que me chama atenção em apenas 140 caracteres não tem sido suficiente, bem como há mais ou menos 3 anos atrás - quando criei e abandonei meu último blog - o orkut não estava sendo suficiente pra suprir minha vontade de ser popular na faculdade. Hehehe!Agora são muitas as coisas das quais sinto necessidade de falar e apesar de a preguiça reinar em minha vida desde que me entendo por gente, prometo que me comprometerei em dar continuidade a isso aqui, mesmo que ninguém leia, o que eu acho bastante provável.

Enfim, a minha ida à praia hoje foi uma das coisas que me motivou a criar isso aqui! Nossa, há tanto tempo não sentia esse casaço maravilhoso que dá quando chegamos da praia...Aquela vontade absurda de se jogar na cama, fechar os olhos e somente ouvir na mente o barulho das ondas, aquela sensação que dá de que o seu corpo está balançando com a maré, quando na verdade ele está ali bem paradinho em cima do colchão... A ardência gostosa no rosto que te faz pensar que deveria ter passado protetor solar ao menos uma vez, o corpo ainda quente de tanta exposição ao sol...Gosto tanto de praia!!!!Lamento tanto de não poder frequenta-la quase todo final de semana como fazia durante minha adolescência...Mas em compensação agora quando consigo ir, o aproveitamento é muito mais intenso!Vivo aquele momento como se fosse o último, pois realmente não sei quando poderei voltar.Ahhh! E hoje ela estava tão explendorosa aqui na zona oeste!!!!! Seu mar cor de esmeralda, seu céu azul tão intenso, suas montanhas tão verdinhas e seu sol de um quentinho tão aconchegante... Seu Matte Leão, seu Biscoito Globo e o revigorante tchibum lavador de almas sofredoras na sua água de um geladinho na medida certa.

Agora estou em casa em pleno sábado dia dos solteiros! Era pra eu estar na Lapa, comemorando ou chorando, bebendo, dançando, pirando o cabeção...Mas a praiana de hoje não permitiu. Ela me deixou cansada e ao mesmo tempo satisfeita, ao ponto de me fazer perceber que só ela me bastava para um fim de semana feliz.