sábado, 22 de agosto de 2009

Eu e o fenômeno comportamental da noite da Lapa

Ontem fui ao show do Songoro Cosongo no Democráticos. Sou suspeita pra falar, pois adoro o som da banda e na minha humilde opinião, eles foram maravilhosos como sempre. Dancei e me esbaldei de um jeito um tanto autista, como costuma ser quando saio com minhas amadas peruas princesas. Isso acontece porque uma já tá quase beirando os 30 anos e, apesar de linda e sensual, não tem mais aquele pique de nigth, por isso acaba ficando de saco cheio, sentando sozinha e quase pegando no sono no meio do salão. A outra é uma gostosona de quase 1,80m de altura, ou seja, chama atenção em demasia dos machos e sempre tem alguém tirando ela pra dançar, o que normalmente termina em pegação. Na outra ponta do triângulo estou eu, que tenho apenas pouco mais de um metro e meio e quase nenhum apelo sexual. Raramente alguém me tira pra dançar, mas quando me tiram ou é alguém mais desinteressante do que eu, ou alguém relativamente interessante que eu espanto com o meu terrível dançar!Rsrsrsr. Por isso prefiro dançar sozinha mesmo, autistando, pagando de sequelada e me divertindo bastante no final.

Mas tudo isso aqui não é pra me lamentar. Pelo menos não pra me lementar do meu momento sozinhaencalhadananight e sim das pessoas que lá estavam. De uns tempos pra cá um fenômeno tem tomado conta dos lugares que frequento. Na verdade não sei dizer se isso sempre existiu e o meu olhar que mudou, ou se é realmente um fenômeno atual. O fato é que vem me irritando demais a quantidade de pessoas que fazem tipo de alternativoscultbacaninha nesses estabelecimentos em que vou me divertir. Tudo bem que eu meio que apelo, a final que tipo de gente eu esperava encontrar num show do Songoro Cosongo, ainda mais no Democráticos? Mas cara, vocês hão de convir que ver uma pessoa de cabelos negros encaracolados no estilo blackpower, chegar num lugar vestido de terno e gravata, e se sentindo o ser humano mais descolado do pedaço é demais pro meu coração! Como se não bastasse a figura colocou um nariz de palhaço, pintou a cara com uma tinta vermelha, tirou o paletó do terno ficando apenas de colete e dançou como se fosse a única pessoa dali que conhecesse salsa, merengue e ritmos similares. Mas não foi só ele, vários outros tipinhos me irritaram. Foi o caso do punkmodelet - cara gato pra caralho, mas que tava fantasiado com uma jaqueta de couro e uma bermuda jeans pseudorasgadinha -, da hipponguinha forrozeira (po, já passou da época em que esse tipinho era maneiro), dos milhares de barbudinhos tipo los hermanos, das cabrochinhas da lapa...Enfim, tudo soando muito artificial.

Mas acabou que no final eu me diverti, mesmo sem ter colocado uma gota de alcool na boca ou fumaça de óregano na mente. Me liberei tanto no meu autismo bailante que de repente me vi dançando com um sujeito que se chamava Anauê (Será que o pai dele era integralista?). Sozinha eu realmente danço muito bem. Provavelmente ele pensou que por isso eu soubesse dançar junto também...Que fiasco!Sem graça com a situação, ele disse que a música era muito difícil e eu, na minha humildade, assumi que não sabia dançar junto!Mas isso não importa, ele era tão bonzinho que não desisitiu de mim. Me ensinou uns passinhos e ficamos dançando até o final da apresentação. Perguntou meu nome, se apresentou, trocamos uma palavras e eu fugi. Não porque ele fosse feio ou chato, mas porque com certeza ele era gay. Presumo que ontem ele tava no seu momento "queroprovarpromundoquepegomulé", ou realmente só queria dançar e fazer uma nova miguxa, mas eu não estava com paciência alguma pra isso. Peguei minhas coisas no guarda-volume e esperei minha amiga terminar seu assunto sentada numa cadeira, observando com indgnação as figuras fakes que ali estavam. Fomos embora.

No caminho pro ponto de ônibus passamos por um lugar que tocava um funk nas alturas. Fiquei imaginando como seria legal se estivesse tocando um tecno-brega bem alto na mala de um carro qualquer. Como eu me empolgaria e como seria a reação das outras pessoas. Umas se despindo de preconceitos e se entregando ao ritmo como eu, e outras com cara de c* se perguntando com ar de superioridade que merda seria aquela... Até que uma van passou, entramos nela e voltei para a realidade lapense carioca.

4 comentários:

  1. Esqueci de comentar que o sujeito de terno e gravata era a cara do michel melamed. Talvez por isso ele ainda soasse mais fake ainda.

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  2. Ah, você tem sex appeal sim, amiga! Mó peito maneiro!

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  3. cacete você estava no democráticos ou no IFCS, se bem que hj em dia isso não faz muita diferença! rs! agora esse cara com a cara pintada, nariz de palhaço e terno e gravata... fala pra ele que é em casa de festas que precisam de idiotas assim! rs!

    ps: odeio pseudo-cults! por isso eu gosto das festas duvidosas que eu frequento. de viado suburbano, todo mundo de marisa, hahaha! ou então a fosfo, todo mundo louco do cú de velvet cliquot exibindo glamour e ovulando pérolas. são mais honestas! rs!

    ps: viva o dançar autista! dançando e ofendendo fófis! begos gostosa! ;)

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